150 RECLUSOS BENEFICIÁRIOS DO INDULTO PRESIDENCIAL JÁ ESTÃO EM LIBERDADE

Luanda, 15 de abril de 2025

Um total de 150 detidos nos estabelecimentos prisionais de 19 das 21 províncias do país beneficiaram-se ontem do Indulto decretado pelo Presidente da República, João Lourenço. A medida foi tomada por ocasião das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional e dos 23 anos da Paz e Reconciliação Nacional.

Províncias com Maior Número de Beneficiados

As províncias de Luanda, Cubango e Zaire destacaram-se neste processo que visa assegurar um clima de harmonia, clemência, indulgência, concórdia, fraternidade e elevado sentimento de amor à pátria durante as celebrações do jubileu da Independência Nacional.

Compromisso com a Reintegração Social

Os beneficiados pelo Indulto Presidencial prometeram pautar suas vidas, de agora em diante, por uma conduta digna, dedicando-se às boas práticas no seio da sociedade. Comprometeram-se a não voltar a cometer crimes que possam levá-los novamente ao cárcere.

Histórias de Transformação

João, de 46 anos, é um dos beneficiados que, logo após a cerimónia de entrega dos mandados de soltura, garantiu que irá arranjar um emprego condigno para o sustento da sua família, que não vê há muito tempo.

“Eu agradeço a Deus e ao Presidente da República que por ocasião dos festejos dos 50 anos da Independência Nacional e pelos 23 anos de Paz resolveu perdoar algumas pessoas que cometeram crimes, inclusive eu”, referiu o ex-presidiário. Ele acrescentou que durante o tempo de reclusão aprendeu que a cadeia é um sítio ruim para se estar, pois compromete o desenvolvimento de qualquer cidadão.

Maria, libertada após cinco anos presa por tráfico de drogas, também expressou gratidão pelo Indulto Presidencial. Ela afirmou ter-se transformado espiritualmente durante o tempo de reclusão: “Conheci Jesus aqui. Hoje sou uma nova pessoa”, disse, emocionada.

Significado do Indulto Presidencial

Segundo uma nota de imprensa da Presidência da República, “o Indulto é um acto de clemência do Presidente da República e afigurando-se imprescindível a adopção de medidas desta natureza em alusão à celebração dos 50 anos da Independência Nacional, do dia da Paz e Reconciliação Nacional, visando conceder aos reclusos condenados em penas privativas de liberdade, uma oportunidade de reintegração social e familiar”.

A nota assinada pelo Chefe de Estado no dia 11 de Abril esclarece que este novo Indulto, o segundo decretado nos últimos três meses, teve em conta o cumprimento de metade da pena de prisão aplicada, o bom comportamento e a ausência de perigosidade social resultante da restituição à liberdade dos condenados.

O documento sublinha ainda que o Indulto não é um perdão jurídico, mas sim um voto de confiança que o Presidente da República concede aos reclusos condenados em penas privativas, oferecendo-lhes uma nova oportunidade de reconstruir suas vidas em liberdade.