
Paris, 4 de novembro de 2025
A República de Angola vai continuar a apoiar as iniciativas de mediação da União Africana para a paz e prosperidade na Região dos Grandes Lagos sob a égide do Togo, reafirmou o ministro das Relações Exteriores, Téte António, durante a Conferência para a Paz e Prosperidade na Região dos Grandes Lagos, realizada em Paris.
Princípios para uma Paz Duradoura
O governante, que intervinha na abertura da conferência, disse que uma paz duradoura deve emergir de um diálogo político inclusivo, do respeito inabalável pela soberania dos Estados e de uma responsabilidade partilhada entre africanos e parceiros internacionais.
Momento Crucial para a Região
O ministro Téte António salientou ser uma honra e profundo sentido de responsabilidade a participação de Angola na conferência, que ocorre num momento crucial para o futuro da região estratégica do continente africano, marcada por graves crises políticas e humanitárias recorrentes, mas também por “enormes esperanças”.
Situação Humanitária Preocupante
Para o também presidente do Conselho Executivo da União Africana, a situação humanitária no Leste da República Democrática do Congo (RDC), Sudão, Sudão do Sul e em todos os Estados-membros da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos continua profundamente preocupante.
“Milhões de pessoas deslocadas, refugiadas, bem como mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade enfrentam condições que exigem uma resposta determinada e coordenada”, ressaltou Téte António.
Coordenação dos Esforços Diplomáticos
A mediação regional e internacional inclui o processo de Washington e os esforços diplomáticos do Qatar, demonstrando a amplitude da mobilização internacional para encontrar soluções sustentáveis para os conflitos na região.
Papel de Angola na Mediação
A participação de Angola na conferência reflete o compromisso do país com a estabilidade regional e o seu reconhecimento como mediador credível nos conflitos africanos. A presença do ministro das Relações Exteriores em Paris sublinha a importância que Angola atribui aos mecanismos multilaterais de resolução de conflitos.
Responsabilidade Africana e Internacional
A abordagem defendida por Téte António enfatiza a necessidade de uma responsabilidade partilhada entre os próprios africanos e os parceiros internacionais, reconhecendo que as soluções duradouras devem ter forte apropriação local, mas também beneficiar do apoio da comunidade internacional.
Esperanças em Meio às Crises
Apesar das graves crises que afetam a região, o ministro angolano destacou as “enormes esperanças” existentes, evidenciando uma perspetiva otimista sobre as possibilidades de transformação positiva através do diálogo e da cooperação regional.
A conferência de Paris representa um momento importante para a coordenação dos esforços internacionais visando a estabilização da Região dos Grandes Lagos, com Angola posicionando-se como um ator comprometido com a busca de soluções pacíficas e sustentáveis para os desafios regionais.
