DISCURSO PROFERIDO PELO PRESIDENTE DO MPLA NA SESSÃO DE ABERTURA DA 8.ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO COMITÉ CENTRAL

Luanda – 31.03.2025 – O Presidente do MPLA, João Lourenço, proferiu na manhã desta segunda-feira (31) no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, um importante discurso na sessão solene de abertura da 8.ª Reunião Ordinária do Comité Central, cujo teor se transcreve na íntegra a seguir:

– Camarada Vice-Presidente do Partido

– Camarada Secretário Geral do Partido

– Camaradas Membros do Comité Central do Partido

– Caros Camaradas

– Angolanas e Angolanos

Realizamos esta primeira reunião ordinária do Comité Central do Partido no ano em que comemoramos 50 anos como país independente e livre de qualquer tipo de opressão colonial, da escravatura e da humilhação a que fomos submetidos ao longo de cinco longos séculos.

Vamos, por isso, comemorar com alegria, júbilo e com os olhos virados para o desenvolvimento económico e social do país, depois de termos definitivamente ultrapassado a guerra prolongada contra inimigos externos e construído a paz e a reconciliação nacional entre nós os filhos da mesma pátria, Angola.

Para alcançarmos este importante marco da nossa história, foi determinante a entrega total, o sacrifício extremo e a perda de vidas de milhares de filhas e filhos de Angola em todas as frentes da luta, nomeadamente na frente política, diplomática, cultural e militar.

A Pátria reconhece os feitos daqueles que, em circunstâncias difíceis e perigosas, sem esperar por qualquer tipo de vantagem imediata ou recompensa, levaram a cabo acções que contribuíram não só para o derrube do colonialismo, do regime do apartheid e para a consolidação da Independência e Soberania Nacional, como também para o alcance e manutenção da paz e da reconciliação nacional, da reconstrução nacional, da diversificação da nossa economia, da criação de emprego e bem-estar social para todos.

Nesta conformidade, vamos realizar no próximo dia 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, a outorga da Medalha comemorativa dos 50 anos da Independência Nacional, a um primeiro grupo de cidadãos nacionais que mereceram tal reconhecimento, cujos nomes já estão a ser divulgados.

Por ocasião deste jubileu, independentemente da nossa filiação partidária, origem étnica, confissão religiosa ou social, todas as angolanas e angolanos, são chamados a reflectir sobre o nosso destino comum, sobre a Angola que queremos para as gerações vindouras.

O nosso Partido, o MPLA, pela experiência acumulada, pelas responsabilidades acrescidas para com o país, o povo e a sociedade angolana, deve colocar-se sempre na linha da frente, estando sempre à altura dos grandes desafios que o país ainda tem que enfrentar.

Por esta razão, após a realização, com êxito, em Dezembro de 2024, do VIII Congresso Extraordinário do Partido, acabámos de realizar as Conferências Constitutivas dos Órgãos e Organismos do Partido, no quadro da nova Divisão Político Administrativa do país, que conta com três novas províncias e 162 novos municípios, onde temos de adequar as estruturas do Partido à nova realidade, sendo grande o desafio do ponto de vista orçamental e de organização, mas ao mesmo tempo uma grande oportunidade para lançar novos quadros e dirigentes para o desafio de fazer crescer e consolidar o Partido e o país nessas parcelas do nosso território.

Caros Camaradas

Compatriotas

Neste mês de Março dedicado à mulher, rendemos uma profunda homenagem à mulher angolana, pelo seu contributo na luta de libertação nacional, na reconstrução nacional, na economia no geral mas em particular na agropecuária, na educação e ensino, na cultura e artes, no desporto, na ciência e investigação e em tudo o que contribui para o desenvolvimento integral do país.

As nossas felicitações e encorajamento por estarem a conquistar, ao longo do tempo, como resultado da vossa luta e por mérito próprio, o lugar que merecem na sociedade angolana.

Sabemos que o caminho a percorrer no que diz respeito à igualdade do género ainda é longo, precisamos de continuar a combater a discriminação, a violência doméstica onde a mulher e a criança são as principais vítimas, o assédio no local de trabalho e outras formas de humilhação.

Embora haja ainda muito por se fazer, temos consciência de que estamos no bom caminho e que o nosso Partido tem sido o melhor exemplo para a sociedade angolana no respeito, valorização e promoção da mulher.

Caros Camaradas

Lançámos recentemente a Agenda Política do Partido para o corrente ano, que deve ser implementada por todos os órgãos e organismos do Partido, por todos os dirigentes, quadros e militantes do nosso Partido, não para servir apenas os interesses do Partido, mas sobretudo para servir a Nação e os seus cidadãos.

Para isso, o Partido deve trabalhar para o mesmo fim, o de servir o povo, de forma permanentemente concertada com o Executivo e com os seus deputados na Assembleia Nacional, organizados no Grupo Parlamentar.

Com isto, declaro aberta a reunião do Comité Central do Partido.