Camaradas membros do Secretariado do Bureau Político;
Camaradas membros do Conselho de Honra do Partido;
Caros camaradas;
Realizámos hoje esta reunião do Conselho de Honra, com uma agenda que abarca diversas matérias que vão desde a preparação do Congresso Extraordinário do Partido, ao programa das comemorações dos 50 anos da nossa Independência Nacional, entre outros.
O Partido precisa de reflectir sobre o seu passado de luta e de vitória, mas sobretudo sobre o rumo a seguir no futuro.
Muito se fala, e se especula sobre os propósitos e fins da realização deste Congresso Extraordinário, como se os nossos estatutos não admitissem esta possibilidade, sempre que fosse necessário, quando na realidade não é o primeiro na história do nosso Partido, mas o oitavo extraordinário.
Isto só vem demonstrar a importância que o nosso Partido tem na sociedade angolana, não deixando ninguém indiferente sempre que nos reunimos para analisar a nossa vida interna e a situação política, económica e social do nosso País, coisa que o fizemos com maior abertura e transparência possível, porque não somos nenhuma organização clandestina.
As decisões dos nossos conclaves são públicas, são do conhecimento dos cidadãos angolanos, nossa razão de ser e de existir, e a quem servimos, assim como tratando-se do congresso estatutário, temos o dever de prestar informação posterior às competentes instituições do Estado, nomeadamente, ao Tribunal Constitucional.
Caros camaradas
O País pelo qual lutaram e morreram nas cidades e nas matas, na clandestinidade, nas cadeias da PIDE, nos maquis da primeira região, do maiombe em Cabinda, ou nas chanas do leste, tornou-se livre e independente graças ao vosso sacrifício e entrega total.
Dentro de dias, entraremos no ano 2025, altura em que comemoraremos o quinquagésimo aniversário da nossa Independência Nacional.
Ao longo destes 50 anos, soubemos consolidar esta conquista da Independência e soberania nacional, abrir o País à democracia multipartidária, a economia de mercado, fazer a paz e a reconciliação nacional, entre irmãos e filho da mesma mãe, Angola.
Caros camaradas
Os desafios de hoje estão essencialmente virados para a necessidade do fortalecimento da nossa economia para podermos garantir aos cidadãos angolanos o bem-estar social, através da maior oferta de bens essenciais de consumo, de serviços públicos, maior acesso aos cuidados de saúde, à educação e ensino, maior disponibilidade de oferta de habitação e de emprego.
Uma atenção especial estamos a dar à agro-pecuária, particularmente, a agricultura familiar e as indústrias transformadoras dos bens alimentares produzidos no campo, para que cheguem a mesa do consumidor nas melhores condições de apresentação, higiene e conservação.
O Executivo tem vindo a estimular a produção nacional, tendo como meta constituir a cesta básica essencialmente com produtos made in Angola, para criar riqueza nacional, poupar divisas, baixar os preços e dar maior oportunidades de emprego, a todos os envolvidos no processo de produção.
Eis a razão, porque para além da informação sobre a proposta do programa de comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, trazemos também uma informação sobre a segurança alimentar versus produção nacional, contando desde já com as vossas contribuições sobre estas matérias.
Com estas breves notas, declaro aberta a reunião do Conselho de Honra.
Muito obrigado pela atenção.