INTERVENÇÃO PROFERIDA PELA CAMARADA LUÍSA DAMIÃO, VICE-PRESIDENTE DO MPLA, NO ACTO DE ABERTURA DAS FESTIVIDADES DO 102º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DO DR. ANTÓNIO AGOSTINHO NETO

Camarada Paulo Pombolo, Secretário-Geral do MPLA;
Camaradas Membros do Secretariado do Bureau Político;
Camarada Augusto José, Membro do Comité Central e Director do Centro de Documentação e Investigação Histórica do Comité Central do MPLA;
Distinta Camarada Maria Eugénia Neto, Viúva do Dr. António Agostinho Neto, Primeiro Presidente de Angola;
Camaradas Membros do Bureau Político do Comité Central do Partido;
Camaradas Membros do Comité Central do MPLA;
Respeitáveis Membros do Conselho de Honra do MPLA;
Caros Dirigentes e Militantes da OMA e JMPLA,
Caros Convidados;
Minhas Senhoras e meus Senhores;
 
 
Bom dia todos!

É com grande sentido patriótico que ao encontro e reencontro da nossa rica e orgulhosa história, realizamos esta actividade que marca as celebrações do centésimo segundo aniversário natalício do Herói – Maior da Nação, o saudoso Presidente Dr. António Agostinho Neto, Fundador da Nação Angolana.
 
Tenho por isso, a elevada honra de, em nome da Direcção Central do MPLA, e do Líder do Partido, o Camarada Presidente João Lourenço, de transmitir efusivas e fraternais saudações aos militantes, simpatizantes e amigos do MPLA e a todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste.
 
Ao assinalarmos mais um 17 de Setembro, abre-se uma oportunidade para uma imersão profunda que se impõe sempre, sobre a vida e obra do Herói Nacional, cuja riqueza heurística é indiscutível, apresenta-nos uma atmosfera multidimensional de significados que nos permitem compreender o presente, buscando referências no passado e perspectivar um futuro melhor.
 
A vida e a obra de Agostinho Neto reflecte indefectivelmente o processo histórico e político angolano, sinalizam a necessidade de vencermos os desafios do nosso tempo de acreditarmos na nossa capacidade de alcançar as metas que preconizamos, na árdua, mas nobre missão, de servir o povo e fazer Angola crescer, conforme o seu ensinamento, segundo o qual: “O mais Importante É! Resolver os Problemas do Povo”.
 
Neste sentido, vale reafirmar as palavras do Camarada Presidente João Lourenço, que por ocasião semelhante, há dois anos, referiu o seguinte:
 “Celebrar o Dia do Herói Nacional é celebrar o legado de Agostinho Neto (…), [mas sobretudo, acrescentou] “É também um momento para reafirmarmos o nosso compromisso com os ideais que ele defendia.”
 
Os ideais de Agostinho Neto são transversais. Interpelam toda uma vida social, cultural, política e comunitária cujo entendimento necessitamos de continuar a promover no seio das novas gerações e não só, para que todos encontrem a oportunidade de contribuir para a sua materialização, buscando, obviamente, o “quinhão” correspondente, que melhor inspire a vida pessoal e profissional.
 
Por está razão, todos os anos celebramos o 17 de Setembro, não apenas pelo seu simbolismo para a nossa Nação, porque precisamos de continuar a reafirmar o compromisso, que passa pela resolução dos problemas que ainda apoquentam a nossa população.
 
Uma tarefa que impõe a todos atitudes e gestos pragmáticos, que vão de encontro aos anseios e às necessidades prementes das populações, nos diferentes sectores da vida social, onde cada um de nós, é chamado a contribuir.
 
O Dr. Agostinho Neto foi mais do que um líder. Foi o poeta da liberdade, cuja paixão pela justiça e igualdade o conduziu a luta, de forma incansável, pela emancipação dos povos, lá onde fosse necessária, sem limite de fronteiras.
 
Sob a sua orientação, Angola conseguiu libertar-se das amarras do colonialismo e erguer-se como uma nação soberana e solidária para com outros povos que enfrentava desafios semelhantes.
 
Neste dia especial, celebramos o seu legado de coragem e dedicação incansável à causa da liberdade e da independência do nosso país. Lembramos o seu exemplo de altruísmo e sacrifício, valores que devem continuar a guiar-nos na construção de uma Angola mais justa e mais próspera para todos os seus filhos.
 
O Dr. António Agostinho Neto ensinou-nos que a independência não é apenas o acto de se libertar, mas o compromisso contínuo de trabalhar por um futuro melhor, livre de desigualdades e preconceitos.
 
Ao comemorarmos este 17 de Setembro, renovemos o nosso compromisso de honrar o legado de Agostinho Neto, garantindo que os ideais de justiça, igualdade e desenvolvimento, pelos quais ele tanto lutou, continuem a ser a força motriz do nosso país e que as futuras gerações conheçam a história de um líder que sonhou e construiu, com suor e sangue, a nossa liberdade.
 
Caros Camaradas;
 
O Dr. Agostinho Neto foi, sem dúvida, um líder de visionário, um patriota incansável cuja dedicação maior de sua vida foi – libertar o nosso país da opressão colonial e construir uma Angola justa e soberana;
 
A visão progressista de Neto permitiu-lhe reconhecer desde cedo o papel fundamental da mulher na construção da nossa nação.
 
Acreditava firmemente que a libertação de Angola não seria completa sem a emancipação plena da mulher angolana. Para ele, a luta pela independência não era apenas uma luta contra o colonialismo, mas também uma luta contra todas as formas de opressão e desigualdade, incluindo aquelas que afectavam maioritariamente as mulheres. 
 
Com o seu espírito revolucionário, as mulheres angolanas abraçaram a causa da liberdade e tornaram-se protagonistas nas trincheiras da luta pela independência.
 
 
Visão que inspirou mulheres como Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso, Lucrécia Paim e, tantas outras anónimas, a abraçarem a causa da revolução por uma Angola efectivamente livre e independente.

Estimados Camaradas;

O Legado de Neto é um repto que interpela a todos nós, é sobretudo, um chamado às gerações mais jovens, sobre a necessidade de continuarem a assumir o protagonismo dos diferentes processos nacionais, sobretudo a não virarem a cara luta por Angola cada vez mais inclusiva, de progresso social e unida.
 
É um chamado a necessidade de continuarmos a reforçar a disciplina, unidade e a coesão no seio do nosso Partido e da Nação de modo geral é, incontestavelmente, uma tarefa que a todos diz respeito para que possamos continuar a realizar o Programa Máximo, alcançado o Programa Mínimo.
 
Por isso, precisamos continuar a cerrar fileiras em torno do Líder do Partido, o Camarada Presidente João Lourenço, na condução dos destinos do País e por outro lado, na materialização de suas orientações, traduzidas na máxima “Todos as bases, todos as comunidades”, para fortalecermos a nossa capacidade de continuarmos a vencer, trabalhando arduamente e sobretudo colocando o cidadão no centro das políticas, como o ponto de partida e de chegada.
 
 
Portanto, ao celebrarmos mais um aniversário do Dr. Agostinho Neto, mas do que reafirmarmos o nosso compromisso com os seus ideais, impõe-se que passemos cada vez mais à acção, trabalhemos juntos, incansavelmente, para construir a Angola com que todos sonhamos.
 
Uma Angola de paz, de progresso, de unidade e de desenvolvimento, onde cada jovem e cada mulher possa ser o agente de mudança que o nosso país tanto necessita.
 
Caros Camaradas;
 
Vamos a passos largos para as celebrações no próximo ano, dos 50 anos de independência de Angola, o Comité Central convocará um Congresso Extraordinário que fará uma profunda reflexão e introspecção sobre o nosso percurso de lutas e vitórias, pelo que somos todos convocados a contribuir.
 
Saúdo vivamente, o processo orgânico do IX Congresso Ordinário da JMPLA, organização social do MPLA, o viveiro dos quadros e futuros dirigentes do nosso Partido, inspirados igualmente, na vida e obra de Agostinho Neto, um intelectual e político, que deixou impressões digitais que os jovens podem seguir, criando, inovando, nesta era fortemente marcada pela quarta revolução industrial, com o avanço extraordinário da ciência e das novas tecnologias.
 
Auguramos por isso, que neste congresso escolham os melhores para dirigirem o braço juvenil do nosso Partido.
 
 
 
Estimados camaradas
 
 
O presente e o futuro do MPLA dependerão da vossa e da nossa capacidade de adaptar-nos às novas realidades, de ouvir as vozes do povo angolano e de respondermos de forma eficaz e proactiva os seus legítimos anseios e aspirações.
 
Finalmente, quero estender o nosso apreço aos jogadores da nossa selecção sénior masculina de futebol 11, os bravos palancas negras! Estamos cônscios do profissionalismo, sacrifício e sentimento patriótico que carregam em cada competição em prol da alegria do nosso povo e da nossa Pátria, na luta pelo apuramento ao Campeonato Africano das Nações. Força Angola! 

Viva o MPLA! 
Viva a OMA!
Viva a JMPLA!
Viva o legado do saudoso Presidente Dr. António Agostinho Neto! 
Muito obrigada pela atenção dispensada