A necessidade de reforçar as relações bilaterais entre o MPLA e o Partido Comunista do Vietname, nos domínios político e económico, foi destacada durante o encontro entre as delegações dos dois partidos, realizado nesta segunda-feira (27), na Sede Nacional do MPLA.
O Secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, liderou a delegação angolana nas conversações, enquanto Nguyen Trong Nghia, Chefe da Comissão de Propaganda e Educação, chefiou a comitiva vietnamita.
Ao falar à imprensa no final do encontro, o Secretário do Bureau Político para a Informação, Esteves Hilário, afirmou que a visita serviu para consolidar e revitalizar as “excelentes” relações históricas entre os dois partidos, que completarão 50 anos de cooperação bilateral em 2025.
O dirigente mencionou que foi feita uma revisão do estado atual das relações de amizade e cooperação, e discutiu-se o futuro das relações no âmbito da cooperação partidária. “O Vietname, como Estado, tem muito a nos ensinar, pois, nos últimos 40 anos, passou de uma economia rural para um dos maiores centros tecnológicos do mundo, estando entre as 40 maiores economias globais”, destacou.
Considerando as boas condições climáticas e geográficas de Angola, Esteves Hilário salientou que o governo angolano conta com a colaboração dos parceiros vietnamitas no processo de desenvolvimento do país, especialmente por serem um dos maiores fornecedores de alimentos no mundo, com destaque para a produção de café e arroz.
Ele também informou que a ocasião foi aproveitada para convidar os empresários vietnamitas, através do Partido Comunista do Vietname, a continuarem a investir em Angola na área industrial, gerando mais postos de trabalho para os jovens angolanos.
Segundo Esteves Hilário, o chefe da delegação vietnamita agradeceu ao Estado angolano pela forma como tem acolhido a comunidade vietnamita em Angola e pelas oportunidades de trabalho que as empresas têm encontrado no país.
Angola e o Vietname estabeleceram relações diplomáticas em novembro de 1975 e, três meses depois, assinaram o Acordo Geral de Cooperação, que serviu de base para a abertura de vários protocolos nas áreas social, económica e técnico-científica.
