INTERVENÇÃO PROFERIDA PELA CAMARADA LUÍSA DAMIÃO, VICE-PRESIDENTE DO MPLA, EM ALUSÃO AS COMEMORAÇÕES DO 62º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA OMA

Camarada Ermelindo Pereira, membro do Comité Central do MPLA, Segundo Secretário Provincial em representação do camarada Primeiro Secretário Provincial do Partido em Luanda;

Camarada Joana Tomás Martins, Membro do Bureau Político do Comité Central do MPLA e Secretária-Geral da OMA;

Camaradas Membros do Secretariado do Bureau Político;

Camarada Crispiniano Vivaldino dos Santos, Membro Bureau Político do Comité Central do MPLA e Primeiro Secretário Nacional da JMPLA;
 
Camarada Esperança Pires, membro do Bureau Político do Comité Central do MPLA e Secretária-Geral Adjunta da OMA;

Camaradas membros do Comité Central do MPLA;

Camaradas membros do Comité Nacional da OMA;

Respeitáveis Membros do Conselho de Honra da OMA;

Camarada Luzia Policarpo, Secretária Provincial da OMA;

Camaradas membros do Comité Provincial da OMA;
 
Estimadas camaradas;
 
 

O ano novo é uma época especial que nos convida a fazer uma introspecção sobre o ano que termina, a expressar gratidão pelo apoio que recebemos e a perspectivar acções para o novo ano.
 

Por isso, peço que cada um dos presentes aproveite esta oportunidade para dar um abraço de feliz ano novo, cheio de muita saúde, amor e paz ao seu camarada ao lado e agradecer a Deus pelo dom da vida.
 

É com imensa satisfação e alegria, que celebramos hoje, na cidade de Luanda, os 62 anos de existência da grande e gloriosa OMA, desde a sua fundação a 10 de Janeiro de 1962, que se celebra sob o lema: “Mulher angolana: Comprometida com o Desenvolvimento socioeconómico do País”.
 

Permitam-me em nome do nosso líder, o Camarada Presidente João Lourenço, temos a elevada honra de formular os votos de felicitações a todas mulheres, militantes, simpatizantes e amigas da OMA, que transformam está organização na fiel intérprete e anseios das mulheres angolanas.
 

Parabéns a nossa OMA, por mais um aniversário e que esta data sirva de momento de reflexão, de profunda introspecção e renovação do compromisso da OMA, aos princípios e valores, aos sonhos das mães percursoras e aos exigentes desafios que se colocam a organização feminina do MPLA.
 

Acedemos ao honroso convite da Direcção da OMA, para proferir o discurso do Acto Central dos 62 anos da fundação da organização social do MPLA, sempre com um sentido de missão e determinação com que encaramos o trabalho político do nosso Partido.
 

Estimados camaradas;

O lema das comemorações de mais um aniversário da nossa Organização é actual, é prioridade no nosso país, que passa entre outros, pela diversificação da nossa economia que é uma aposta do Executivo, liderado pelo Camarada Presidente João Lourenço.
 

Este lema suscita igualmente, uma excelente oportunidade para que a OMA contribua na elevação dos níveis de participação da mulher angolana de todos os extractos no desenvolvimento economico e social do país.

Não temos dúvidas que as mulheres são verdadeiras promotoras do desenvolvimento.
 
Está mais do que comprovado que a igualdade no género e o empoderamento das mulheres trazem vantagens para as sociedades.
 
Por isso, o país tem estado a fazer avanços significativos no sentido de porporcionar  a plena e efectiva participação das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e social.
 
O nosso trabalho deve ser no sentido de continuarmos a mobilizar e sensibilizar as raparigas e as mulheres, a aproveitarem a igualdade de oportunidades no acesso à educação, à formação técnico profissional e aos cuidados de saúde, que têm sido promovidos pelo Estado e seus parceiros para que a semelhança dos homens, nenhuma mulher seja deixada para trás.
 
A aposta na mulher e nos jovens é um facto quer seja no Executivo liderado pelo Camarada Presidente João Lourenço quer pelo nosso glorioso MPLA.
 
Vale recordar, que no VIII Congresso Ordinário do nosso Partido foi feita uma grande aposta nos jovens e nas mulheres, por constituírem a maioria da população, tendo sido eleitos 30% de jovens e 50% de mulheres, nos diversos níveis de direcção dos diferentes órgãos e organismos nacionais do MPLA
 
Estas oportunidades imputam responsabilidades as mulheres em particular à OMA, que deve continuar a trabalhar para assegurar as conquistas que têm sido alcançadas pelo nosso Partido.
 
Queridas Camaradas, passados 62 anos, a OMA é cada vez mais uma organização madura e bastante experiente, com uma trajectória histórica marcante, que apenas se assemelha a trajetória histórica do nosso glorioso MPLA.
 
Ao longo do seu percurso, são evidentes os ganhos alcançados em prol da emancipação da mulher e da estabilidade das famílias angolanas, conquistas que a tornaram ao longo do tempo, no baluarte da integridade social da mulher angolana e fiel defensora de uma sociedade cada vez mais justa, de solidariedade social e de inclusão.
 
O MPLA, fiel aliado das mulheres angolanas, sem distinção de origem social, de raça, das crenças religiosas, de etnia ou de outra forma de estratificação social, está empenhado na materialização das legítimas aspirações das mulheres, através da promoção de políticas e de iniciativas em prol da melhoria da sua condição social e de representatividade política.
 
Neste sentido, o nosso MPLA em Angola é o partido pioneiro a alcançar a paridade do género, nos seus órgãos e organismos nacionais, elevando a Mulher para lugares cimeiros das principais instituições do Estado angolano. E continua a incentivar que as demais instituições do País, aos vários níveis possam seguir este exemplo.
 
Apenas formações políticas comprometidas, como o MPLA, foram capazes de perceber, desde muito cedo, que a aposta na Mulher é sinónimo de moralidade social, é sinónimo de equilíbrio, de desenvolvimento e de elevação da condição de vida das populações.
 
 
As mulheres são, no contexto das sociedades africanas e não só, a força motriz, o centro de toda natureza de vida, não apenas da vida biológica, mas sobretudo de toda vida social e comunitária.
 
Ao celebrarmos o 10 de Janeiro, data da fundação da OMA, prestemos uma justa e merecida homenagem a todas as mulheres que, desde muito cedo perceberam que era fundamental e incontornável despertar no seio da classe feminina de então e na sociedade autóctone, a preocupação da luta pela emancipação da Mulher angolana, pela liberdade do seu Povo e autodeterminação política.
 
Foram inúmeras as mulheres, conhecidas e anónimas que se juntaram aos bravos guerrilheiros nacionalistas, em diferentes frentes, pegando em armas lutando lado a lado pela descolonização de Angola.
 
Com destaque para as nossas mães e heroínas, as camaradas: Deolinda Rodrigues, Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Teresa Afonso e outras anónimas, por terem deixado um legado digno de louvor e que as novas gerações têm a responsabilidade de assegurar com apoio de todas dirigentes, responsáveis, quadros, militantes, simpatizantes e amigas da nossa grande Organização feminina.
 
Estimados camaradas;
 
Passados 48 anos do alcance do nosso objectivo maior – A Independência Nacional, a luta da Mulher angolana continua. A OMA é hoje este instrumento de luta positiva, que deve continuar a congregar em torno de si a Mulher angolana e a orientar a sua acção nas diferentes frentes em que a mulher se insere.
 
Na actualidade a luta contínua, não mais no campo da guerrilha, mas noutras esferas de actuação, como na promoção da literacia feminina e erradicação do analfabetismo, no empoderamento económico e político da mulher, na emancipação da mulher rural e das comunidades periféricas das grandes cidades, na consciencialização para a prevenção das doenças infecto-contagiosas e degenerativas como o HIV-SIDA e os diferentes tipos de cancro, na resiliência ambiental e na participação social da mulher, etc.
 
 
Queridas camaradas;
 
O mundo nos apresenta na actualidade cenários bastante complexos, sentidos pela generalidade dos Países, e o nosso não é uma excepção. O trabalho político da nossa organização é, por conseguinte, desafiado por vários factores, inerentes a esta nova ordem mundial, marcada por crises económicas quase que cíclicas, por conflitos civis cada vez mais complexos, por ameaças sanitárias à escala global, por desequilíbrios ambientais como a seca, estiagem, enchentes, erosões de terras, etc, fenómenos inerentes às alterações climáticas.
 
 
A esta realidade se juntam as influências da nova mídia social, sobretudo entre os públicos mais jovens de mulheres e não só.
 
Todos estes cenários promovem novas mentalidades, novos desafios políticos com os quais a OMA deve continuar a lidar, aprimorando-se para puder abordar melhor o seu público, que é cada vez mais heterogéneo e se encontra em acelerado crescimento neste complexo contexto de factores.
 
Mas por outro lado, este mesmo contexto nos apresenta igualmente, inúmeros recursos tecnológicos que nos permitem comunicar-se com maior facilidade e atingirmos as várias franjas da nossa sociedade, adaptando mecanismos inovadores de interacção para levar a mensagem do nosso Partido.
 
Mas é preciso que as lideranças da organização sejam permeáveis à novos saberes, à novas formas de leitura, de abordagem e de intervenção sobre as diferentes problemáticas inerentes a mulher, considerando as especificidades etárias e espaciais.
 
Devemos aproveitar as valências dos nossos quadros em prol dos objectivos da organização e, sobretudo, ao ambiente interno que criamos na nossa organização e com o qual somos percepcionadas pelo nosso público.
 
Como vêm, caras camaradas, isso levanta grandes desafios à nossa organização, considerando que as mulheres representam grande expressão demográfica da população angolana de modo geral, de militantes e de eleitores ao nível do País e na diáspora, o que amplia sobremaneira a responsabilidade da OMA no alcance das metas políticas do nosso Partido.
 
Queridas camaradas, trabalhar com a mulher angolana demanda cada vez mais uma aguçada convicção, capacidade conciliadora e, sobretudo, de interpretação dos fenómenos do nosso tempo e desvendar as conexões que possam apresentar com as preocupações da mulher.
 
Apenas assim, estaremos em condições de, com o pragmatismo que se impõe, buscar as soluções devidas para as preocupações do nosso Povo e da Mulher angolana de forma particular.
 
Estimadas camaradas,
 
Temos estado a referir em diferentes ocasiões que, uma das principais batalhas que a OMA deve reassumir é a capacidade de conduzir e liderar as narrativas sociais e a opinião social inerentes ao mundo feminino em Angola.
 
Chamar para si o protagonismo e a liderança dos movimentos de mulheres, sobretudo no mundo informal. Lá onde existir um número significativo de mulheres, deve estar presente a acção da OMA.
 
É preciso continuar a reavivar a mística da organização, através da impregnação de uma convicção política e social que se multiplica naturalmente no seio das mulheres angolanas.
 
O incremento da aprovação social e desta convicção que me refiro dependerá da sensibilidade e empatia demonstradas às mulheres no seu dia-a-dia, em relação aos problemas concretos.
 
Os exemplos de solidariedade e de orientação à mulher prestados na resolução dos problemas sociais destas, serão a fonte de legitimação da prática política da organização neste novo contexto.
 
45.É esta capacidade de transfigurar-se, de descer às bases, entenda-se, ir ao encontro das mulheres na comunidade, no espaço rural, na periferia e nas zonas urbanas, identificar os seus problemas, oferecer propostas e caminhos para a sua solução, que vai permitir a Organização fazer novos redutos de influência positiva e continuar a assegurar o crescimento da base eleitoral do nosso Partido.
 
Esta deve ser a fórmula para que a organização incremente o seu apoio ao Líder do nosso Partido, o Camarada Presidente João Lourenço, divulgando amplamente as realizações e ganhos dos investimentos efectuados pelo Executivo angolano, em prol da mulher e das famílias angolanas.
 
O lema que preside estas celebrações leva-nos a trabalhar para que continuemos a manter o compromisso de educar as mulheres como guardiãs da paz, como educadoras por excelência, promotoras do desenvolvimento e poderosas agentes da mudança, rumo ao desenvolvimento socioeconómico do país.
 
Para terminar, reitero mais uma vez, os nossos Parabéns à Mulher angolana filiada na OMA, pelo assinalar de mais um 10 de Janeiro, data da fundação desta grandiosa organização e auguro que este ano nos traga novos desafios para superar, novas conquistas para celebrar e acima de tudo métodos de trabalho inovadores e resilientes para continuarmos a servir o povo e fazer Angola crescer.
 
Muito obrigada pela vossa especial atenção.