MEMÓRIAS: Quatro de Fevereiro de 1961 pelos próprios
Cronologia do nacionalista Manuel Pedro Pacavira, antigo dirigente do MPLA, já falecido.
PortalMPLA, 04 FEVEREIRO 19 (2ª FEIRA) - Em Dezembro de 1960, com a presença de um curandeiro mais jovem, Augusto Bengue, ligado ao movimento da Igreja Tocoista, decidiu-se mudar para a Pedreira.
Foi na Pedreira que se começou a conferir, com todo o rigor, os aderentes mobilizados, tendo-se estimado em cerca de três mil e 123 efectivos, devidamente preparados para o ataque.
No dia dois de Fevereiro de 1961, a Direcção do Movimento Clandestino recebeu ordem superior para atacar as cadeias e outros locais da cidade de Luanda, no dia quatro de Fevereiro de 1961. O Cónego Manuel das Neves foi quem, através do camarada Salvador Sebastião, transmitiu à Direcção central do Movimento Clandestino a ordem para atacar.
Eram cerca de 20 horas. A Direcção do Movimento Clandestino encontrava-se reunida, sob o Comando-Geral do camarada Paiva Domingos da Silva “Massuika Malamba”, onde foi traçado o esquema e constituídos os grupos de ataque.
Formaram-se os cinco grupos de ataque, numa composição de sete:
a. Casa de Reclusão, com 25 homens. Chefe: Francisco Imperial Santana;
b. Emissora Oficial, com 25 homens. Chefe: Virgílio Sotto Major;
c. Cadeia de S. Paulo, com 25 homens. Chefe: Raul Deão;
d. Quinta Esquadra, com 25 homens. Chefe: Domingos Manuel;
e. Companhia Indígena, Campo de Aviação e Palácio do Governo, com um número de homens desconhecido. Chefe: Paiva Domingos da Silva;
f. Grupo de Vigilância. Chefe: Salvador Sebastião;
g. Grupo da Rainha. Chefe: Engrácia Francisco Kabenha.
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